Por Cecilia Minner
Esqueça o Plenty, Reductil, Meridia e qualquer outro remédio que traga na fórmula sibutramina – droga para emagrecer mais usada no Brasil e nos Estados Unidos, que acaba de ser proibida pela Agência Europeia de Medicamentos. Quem quer perder peso sem colocar a saúde em risco deve se valer dos ativos naturais. Ao contrário da sibutramina - que aumenta o risco de infartos e derrames - eles não causam danos à saúde. Mas devem ser tomados sob cuidado médico.
Feitos de plantas, os ativos naturais são uma alternativa eficiente às drogas para emagrecer (em dezembro, a sibutramina teve a venda restrita pela Food and Drug Administration - FDA). “Existem estudos que comprovam a eficiência desses ativos naturais. Eles são muito usados para inibir o apetite ou acelerar o metabolismo”, avalia a nutricionista Andrea Santa Rosa Garcia.
Ativos naturais têm benefícios além do emagrecimento
Os fitoterápicos têm ainda mais benefícios. O Extrato de Manga Africana, por exemplo, ajuda na queima de gordura e reduz os níveis de glicose no sangue. O Koubo aumenta a sensação de saciedade, e a Caralluma Fimbriata – um cacto comestível - inibe o apetite. Há também a Cordia Ecalyculata, erva brasileira que reduz a gordura localizada, e a Slendesta, um inibidor de apetite bem conhecido.
Uma outra novidade no tratamento natural antiobesidade é a Pholiamagra. A planta brasileira, conhecida como erva anti-barriga, tem ação diurética e redutora de depósitos de celulite por ser estimulante da circulação. Além disso, inibe o apetite e ajuda a queimar gorduras localizadas principalmente no abdome.
A farmacêutica Marcele Lima diz que esses ativos naturais apresentam efeitos colaterais mais leves que um fármaco, como a sibutramina. E alerta para a importância do acompanhamento médico. “A Cordia Ecalyculata, por exemplo, tem concentração de cafeína o que pode tirar o sono e provocar agitação, quando consumido em altas doses”, explica a profissional, da rede Naturativa.
Cápsulas, jujubas e chocolates para emagrecer
Os ativos naturais, feitos em farmácia de manipulação, podem vir em cápsulas ou até disfarçados de jujubas ou chocolate. “Dependendo do caso, combino uma substância com outra. E, se o paciente quiser, podem ser feitos bombons de chocolate amargo ou à base de soja ‘recheados’ com os ativos”, adianta Andrea Garcia.
Os fitoterápicos levem mais tempo – de 15 dias a um mês – que os medicamentos tradicionais para fazer efeito, mas ganham cada vez mais adeptos. “Receito ativos naturais, principalmente, no início dos tratamentos. Meus pacientes que tinham compulsão alimentar na TPM, por exemplo, perceberam que o sintoma diminuiu consideravelmente. Até na balança eles notaram diferença” garante Andrea, que frisa também a importância de uma alimentação regrada e a prática de exercícios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário