Não foi desta vez...

Oi, gente! Estive com as meninas no Circuito Vênus, mas contra todas as minhas expectativas, este não foi o fds de superação.

Depois de quase um mês amargando uma dor na panturrilha, tratando com massagem e alongamentos, mais exercícios, acreditei que de um jeito ou de outro eu estaria feliz ao final da corrida, afinal, no sábado eu já tinha conferido o super clima do evento, e chegando lá, ver aquele mar feminino, todo de azul é de empolgar qualquer um!

Empenho no preparo para estar lá não me faltou.... Ansiedade, também não faltou, pois até dor de barriga eu tive...

Ontem às 4h10 eu já estava acordada. Tênis velho e amaciado no pé, sem meias, como de costume, delineador nos olhos, café-da-manhã tranqüilo. Tudo exatamente como é feito todo santo dia. Enquanto esperava Marcelo e Ritoca, fiz meu alongamento de praxe com bastante calma e 5h50: FÃ! FÃ! O casal já buzinava pra gente partir. Passamos na Dani, e bora pro evento.

Foi tudo muito, muito bem. Pegar chip, amarrar o dito cujo no tênis, tirar fotinhos, conhecer a Paola... Tudo normal e muito tranqüilo. Sem a mínima ansiedade.

Aí chegou a hora da largada. Eu quis ir no meinho da Rita e da Dani pra ter sempre uma referência de onde elas estavam. A única certeza que eu tinha naquela hora era de que elas estariam sempre na minha frente. E lá fomos nós!

Comecei a correr na maciota, já fui me colocando em ponto morto pra ir numa boa, pra corrida acontecer por si só. Eu estava feliz e despreocupada. Tão despreocupada que ouvi a Dani gritar: Olha a Lívia na nossa frente! Rsrsrsrsrsrsrs Na hora diminui o ritmo, pois distraída, eu poderia perder o ritmo da respiração, ficar ansiosa e começar com aquela respiração de cachorro cansado e colocar tudo a perder.

Estava tudo sob controle. Eu olhava para os lados e tinha mulher de tudo quanto é jeito : sarada, gorda, magra, sem noção,. metida à paquita, enfim, a corrida era para todas.

Eu corria e via a Dani e a Rita ali, há alguns passinhos de mim. A referência estava lá e a única coisa que eu queria, que era chegar com elas, naquela hora ainda era possível.

Percurso tranqüilo, gostoso, até a chegada de um túnel. Descidinha deliciosa em que o corpo vai sozinho, soltinho. E aí veio a subida, também tranqüila. Eu distraída, toda palhaçona, rindo, tentando acenar pra Yasmin, que toda de branco, enfrentava seus 10km na descida oposta do túnel.

A perna já tinha dado uma fisgada alguns metros atrás, mas me fingi de morta. Mas quando chegamos ao final da subida, TRAVOU...deu tempo de dizer pra Rita: Vou ter que andar um pouquinho! E foi a última vez que eu estive perto das meninas na corrida. A Dani  já estava lá na frente, perto da menina de top pink e a Rita foi sumindo,sumindo,sumindo no mar de mulheres. Foi nessa hora que uma tristeza imensa me invadiu. Não achei que aquele momento era tão importante pra mim...Não fui vencida pela minha ansiedade, nem pelo cansaço ou falta de fôlego... A dor física, fora do meu controle me impediu...

E aí, mesmo querendo curtir muito a chegada da Rita e mais uma prova da Dani, fui dominada por um sentimento muito grande de frustração. Nem deu pra disfarçar eu acho. Fiquei triste mesmo, pois eu vim embora sem saber qual é a melhor sensação da corrida, só a pior: atravessar andando a linha de chegada.

Mas estou certíssima de uma coisa: EU NÃO VOU DESISTIR, TÁ BOM?